quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Produção textual: planejamento e escrita

UNIDADE 22 PRODUÇÃO TEXTUAL: PLANEJAMENTO E ESCRITA

ATIVIDADE 3 PÁGINAS 87 - 90 TP 6

O planejamento

Não me recordo de experiências tão engraçadas assim como a que foi vivida pelo autor, mas foram tão marcantes que até hoje são nítidas as lembranças em minha mente.


TRANÇAS VERMELHAS

Foi no tempo da minha alfabetização, chamado pré-primário, nós todos (eu e meus colegas) estávamos alegres e amedrontados. Alegres porque ansiávamos aprender, a usar o material escolar, amedrontados porque um mundo novo, muito diferente se abria a nossa frente; estávamos longe de nossas mães. Sentíamos um nó na garganta, uma vontade de chorar. Vencido o medo, colocamos a “habilidade artística” em prática como toda a criança. A professora nos dava muitos desenhos para colorir e eu sempre tive uma queda pelas cores, quanto mais forte e contrastante mais me chamava atenção. Lembro-me de um desenho de rosto de menina com tranças compridas, a face ocupava toda a folha de ofício. Enfim, era tudo de que precisava para ressaltar a cor vibrante vermelha. Eu explico: minha caixa de lápis de cor era com apenas 6 – preto; marrom; azul escuro; verde escuro; vermelho e amarelo. Os outros colegas coloriam os cabelos de marrom e amarelo, eu queria ser diferente, meus cabelos seriam vermelhos. Todos riam de mim, zombavam até, mas estava decidida, o vermelho era o mais significativo das cores que possuía.
Após os trabalhos prontos, pendurados num varal, foi chamada a diretora para apreciá-los e tecer comentários. Todos eram muito comuns, o meu ressaltava em meio à mesmice. Logo surgiram comentários da diretora: “São tão bonitos!...” “que lindos...” “Olha, essa coloriu de vermelho o cabelo, tão diferente...”. Fiquei tão feliz, com as falas da diretora sobre o meu colorido. Ele ficou lindo mesmo e até hoje guardo viva na memória aquele desenho das tranças vermelhas.

2) a) Redação de um texto autobiográfico, história como educadora. Como surgiu o interesse, sentimento e justificativa dessa escolha.

b) A função é referencial, pois vai relatar dados, fatos de uma escolha cujo objetivo é narrar uma história, argumentado o porquê da decisão.

c)
=> Jornalismo na UFJF;
=> Direito UFJF;
=> Banca examinadora de Direito.

d) Aos 20 anos, na UFJF, banca examinadora do curso de Direito, estavam analisando minhas notas, frequência e comportamento para aceitar meu pedido de transferência do curso de Comunicação: jornalismo para Direito. Cumpridas as etapas, sentia-me meio frustrada e inquieta, percebi que essa não era a opção ideal.

e) Tudo se decidiria ali, transferência de curso, modificação de hábitos, gostos – enfim, o meu futuro dependeria da escolha que faria.


Escolha decisiva

Fazer escolhas não é muito bom, principalmente quando se tem pressa e elas nortearão sua vida. Sempre fui muito sonhadora, gostava de ler, estudar, debruçar sobre os livros e descobrir mundos.
Fui estudar numa cidade próxima em que moro, Juiz de Fora. No princípio, trabalhava e fazia curso preparatório para o vestibular. Meses a fio estudando. Chegou o momento de escolher minha profissão. “Meu Deus, que indecisão!” Acho que adquiri mais fios brancos de cabelo. Após tanto pensar, escolhi.
Comunicação, particularmente, jornalismo, esse era o curso. Quanta maravilha, quanto status! Sim, era isso mesmo. Fim de ano, veio o vestibular, passei, todos ficaram felizes comigo. Primeiro dia de aula. Que decepção! Ali mesmo pedi esclarecimento para transferir-me de curso. Um semestre depois, já estava adiantando algumas disciplinas do curso de Direito simultaneamente à Comunicação. Percebi que tanto um quanto o outro não me preenchiam. Não estava feliz com nenhuma daquelas escolhas, sentia-me frustrada.
Com os meus 20 anos de idade, meados dos anos 80, a banca examinadora do curso de Direito estava analisando minhas notas, frequência e outros detalhes para ser aceito o meu pedido de transferência para este curso. Cumpridas as etapas com sucesso, perguntaram-me se realmente era isso o que queria. Para surpresa de todos os presentes, disse que não queria mais cursar advocacia e sim transferir-me para Letras.
Tanta indecisão, mas o meu futuro profissional estava ali a ser definido com um sim. Fiz a melhor opção. fiz o curso de Letras, não na UFJF, mas isto é outra história. Sorvi a sensibilidade da arte e da literatura. Hoje procuro transmitir um pouco dessa emoção aos meus alunos, porque é maravilhoso descobrir mundos, conhecê-los através da leitura, pois o saber nunca é demais a ninguém.
Assim, tornei-me educadora. Essa é uma parte da minha história.

domingo, 26 de julho de 2009

Encontro Álvaro Ottoni

Fotos do encontro com o escritor Álvaro Ottoni, em Cataguases no Instituto Francisca Peixoto, 26/6/2009.



quarta-feira, 22 de julho de 2009

Relações lógicas no texto

UNIDADE 20 RELAÇÕES LÓGICAS NO TEXTO

ATIVIDADE 10 PÁGINA 201-202 TP5

AMBIGUIDADE _Você pode me dizer se o professor gosta de laranjas?
_Não.


Nessa atividade vamos observar que a ambiguidade deixa subentendida mais de uma informação, quando não se indica qual das possibilidades de interpretação deve ser excluída. No texto, os dois fatos que podem estar sendo negados são: (1º) o fato de o professor gostar de laranjas; (2º) o fato de não saber algo. Deduz-se que o objetivo da pergunta é saber se o professor gosta de laranjas. Para evitar a ambiguidade a pergunta deveria ser reformulada: O professor gosta de laranjas? E logo após, a resposta deveria ser dada assim: Não sei dizer se ele gosta de laranjas. Com esses cuidados, pode-se evitar duplos sentidos em perguntas e respostas e impedir mal-entendidos numa interlocução.

Coerência Textual

UNIDADE 18 COERÊNCIA TEXTUAL

PÁGINA 89-90 ATIVIDADE 10 TP5

(Eco significa casa. Adivinha agora em que lugar você pode começar a colocar em prática sua consciência ecológica.) Correio Braziliense, 05/06/03.

A palavra “casa” no texto verbal no pé da página desse anúncio refere-se à casa do leitor. E a “casa” a que se refere o texto visual (não verbal) – ao meio ambiente. O texto como um todo se refere ao Planeta Terra, ao nosso mundo. Está na hora de nós nos conscientizarmos e cuidarmos da nossa “casa”, na qual o homem vive. É dele que nós retiramos tudo o que nos mantém vivos e saudáveis. Tanto o texto verbal quanto o visual são coerentes, a mensagem se complementa. Eles tratam de nossos lares: nossa casa em que vivemos com nossa família e nosso Planeta, o meio no qual vivemos. E para continuar vivendo com dignidade é preciso que todos nós cuidemos dessa “mansão”. Concluindo, o assunto trabalhado nesse anúncio publicitário é muito coerente com a imagem, com a produção e a difusão do texto. A linguagem verbal completa a gravura. A harmonia do visual é solidária às palavras, tornando o texto coeso e coerente, cumprindo a finalidade para a qual ele foi produzido.

A produção textual - Crenças, teorias e fazeres

UNIDADE 16 A PRODUÇÃO TEXTUAL – CRENÇAS, TEORIAS E FAZERES

PÁGINA 179 – 180 ATIVIDADE 6 TP4

(“INTRADUÇÃO” Gabriel o Pensador)

O escritor faz uma brincadeira com os fonemas das palavras introdução e intra. Ao mesmo tempo em que se inicia na leitura e na escrita, assim é a introdução de um livro.
Cada um tem uma história a contar de como iniciou na leitura e escrita. Eis aqui a minha.
Desde muito criança, antes de ser apresentada às letras, achava fascinante alguém olhar as letras juntas e dar significado a elas. Nesse tempo gostava de cantarolar músicas conhecidas olhando textos em um caderno, só para que outras pessoas me vissem e dissessem: “Olha, ela já sabe ler!”. Um tempo passou, aprendi a ler, mas cadê os livros? Tive uma infância livre, feliz, de causar inveja a muitas crianças, porém faltaram livros. Lembro-me bem de umas poucas fotonovelas da minha tia. Era tudo o que eu tinha para ler. Lia-as, relia-as, por fim, comecei a observar expressões faciais, roupas dos personagens, ambientes. Como foi importante observar as cenas e associá-las às palavras! Como foi enriquecedor para meus conhecimentos esse contato mesmo com tão parca literatura! Foi decisivo esse princípio na leitura e serviu de estímulo para ser clara e objetiva em meus textos.

O processo da leitura

UNIDADE 14 O PROCESSO DA LEITURA

Página 93 TP4 ATIVIDADE 15

(CAPA DO LIVRO DE MILLÔR FERNANDES)

Na minha infância, era bastante comum o uso do termo “composição”. Naquela época, a professora nos dizia que era para criar ou “compor” nossos próprios textos. Atualmente, este termo caiu em desuso, são designados por “Redação” e mais especificamente “Produção de textos”.
Ao observarmos a capa do livro de Millôr Fernandes, podemos perceber através dos elementos verbal e não verbal que se trata de textos escritos por criança. Vemos um barquinho inocente, as palavras com deslize ortográfico, típico da infância, mostrando o menino, ainda, na literatura. Embora saibamos o grande escritor que hoje ele é, e seu estilo literário, os elementos da capa não me fazem ter expectativa de este livro ser “de humor” ou conter textos teóricos sobre questões da escrita infantil e muito menos a mim sugerem dados que esse livro seja para crianças. Imagino que nesse livro tenha coletâneas de textos dos tempos no primário, assuntos de que mais gostava, observações de tudo que cercava o nosso referido escritor.
O que me atrai mesmo nesta capa do livro é a ortografia, porque o início é igual, mesmo os renomados escritores começaram com seus deslizes lexicais, mas não deixaram de escrever. Não permitiram que os retoques “vermelhos” ou palavras repressoras matassem a liberdade e o desejo de escrever suas emoções e sentimentos do mundo.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Unidade 10 Trabalhando com gêneros textuais

Atividade 2 TP3 Gênero literário e não-literário página 59

Texto: Lavadeiras de Moçoró (Carlos Drummond de Andrade)
As lavadeiras de Moçoró, cada uma tem sua pedra no rio; cada pedra é herança de família, passando de mãe a filha, de filha a neta, como vão passando as águas no tempo. As pedras têm um polimento que revela a ação de muitos dias e muitas lavadeiras. Servem de espelho a suas donas. E suas formas diferentes também correspondem de certo modo à figura física de quem as usa. Umas são arredondadas e cheias, aquelas magras e angulosas, e todas têm ar próprio que não se presta a confusão.
A lavadeira e a pedra formam um ente especial, que se divide e se unifica ao sabor do trabalho. Se a mulher entoa uma canção, percebe-se que a pedra a acompanha em surdina. Outras vezes, parece que o canto murmurante vem da pedra, e a lavadeira lhe dá volume e desenvolvimento.
Na pobreza natural das lavadeiras, as pedras são uma fortuna, jóias que elas não precisam levar para casa. Ninguém as rouba, nem elas, de tão fiéis, se deixariam seduzir por estranhos.
(retirado de Contos Plausíveis)

“...cada pedra é herança de família, passando de mãe a filha, de filha a neta,...” com essas palavras, o autor nos fala da hereditariedade das pedras do rio,como se elas fossem um complemento do lar, uma identidade da família. Tanto é assim que as lavadeiras descritas pelo autor: gordas, volumosas ou magras, retas, esguias, correspondem à descrição das pedras: arredondadas, cheias, outras magras e angulosas. Demonstrando-nos que uma é o espelho da outra. Elas se formam, se unificam. O tempo é o fator relevante para que haja interação e cumplicidade entre as duas. Embora tenham massa corpórea diferente, elas se complementam e se respeitam como nesse trecho: “Se a mulher entoa uma canção, percebe-se que a pedra a acompanha em surdina. Outras vezes, parece que o canto murmurante vem da pedra, e a lavadeira lhe dá volume e desenvolvimento.”
Mesmo que esse texto apresente a forma em prosa, é um texto literário, porque utiliza uma linguagem prazerosa. As palavras foram empregadas em sentido figurado, escritas com emoção como em algumas expressões: “vão passando as águas do tempo; servem de espelho; ente especial; canto murmurante, as pedras são uma fortuna, jóias...” e entre outras mais. Se o autor não tivesse usado “imagens”, tivesse usado outras palavras para falar sobre o trabalho das lavadeiras de Moçoró, o texto deixaria de ser literário, porque perderia o encanto. O leitor perderia a liberdade de imaginar, porque, antes, fora seduzido pelas palavras conotativas, prazerosas. Então, o texto passaria a ser informativo, relataria apenas o trabalho difícil, frio das lavadeiras do rio Moçoró.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Gênero literário e não literário

Unidade 10 Trabalhando com gêneros textuais

Atividade 1 TP3

Gênero literário e não-literário página 58


Profissão de fé Olavo Bilac

[...]
Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo
Faz de uma flor.

Imito-o. E, pois, nem de Carrara
A pedra firo:
O alvo cristal, a pedra rara,
O ônix prefiro.

[...]

Torce, aprimora, alteia, lima
A frase; e, enfim,
No verso de ouro engasta a rima,
Como um rubim.

[...]

O poema transcrito acima é um fragmento de Profissão de fé de Olavo Bilac cujos versos possuem rimas tradicionais. Comparando-o com o trecho de José, concluímos que as rimas desse poema não são clássicas porque não há preocupação com a forma, com a ‘arte só pela arte’, com o purismo e o preciosismo lexical, em que a obra é vista como resultado do esforço do artista. Embora o trecho do segundo poema não tenha o padrão clássico de rimas poéticas, ele pode ser considerado poético pela disposição das palavras em versos, pelo jogo de sentidos que a linguagem desempenha no poema, pelo ritmo marcante das interrogações que levam o leitor a refletir e questionar o beco sem saída que o homem se encontra no mundo.
Não é comum encontrar em textos escritos as repetições usadas nesse poema. Ao utilizá-las, o autor trouxe para a sua obra suas indagações sobre o estar no mundo, a falta de saída, a ausência de sentido que a Modernidade traz. O nome simples e comum José, pode ser confundido com qualquer outra pessoa que continua sua caminhada.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Unidade 2 -guia geral

Unidade 2 – A Proposta Pedagógica do Gestar II


Objetivo

Discutir os elementos que compõem a proposta pedagógica.

Atividade 2 – Guia Geral página 21

Revelando as concepções sobre o ensino-aprendizagem e o papel do professor.





O processo de ensino-aprendizagem é um processo em que todos ganham. Os alunos com o professor e este adquire conhecimento inovador daqueles. Quando isso acontece, supera as frustrações, as dificuldades que nesta profissão pode ocorrer. Daí, o prazer de ensinar é tão profundo e relevante quanto aprender. Desta forma, é fundamental a presença do professor em sala de aula, ter contato com o educador, vê-lo, ouvir suas perguntas e respostas. Há um envolvimento entre aluno e professor. Ele é um mediador que leva o aluno a assimilar o conhecimento e expressar seu pensamento crítico diante das circunstâncias.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Unidade I – O Gestar II como Programa de Formação Continuada em Serviço


Atividade I - Guia Geral Página 13




Explorando as expectativas individuais e grupais





Espero que o Gestar II me proporcione aulas criativas, objetivas e práticas, que me coloque a par dos termos linguísticos usados em aulas de variados gêneros textuais. A partir desses encontros, oficinas, que possamos trocar experiências vividas com os nossos alunos, objetivando o interesse do alunado pela leitura e escrita de seu mundo. Desta forma, buscar o desenvolvimento do docente, sua integração no meio em que vive, que respeita a sociedade e seja consciente do que faz.
Quero deixar aqui algumas indagações a respeito do curso.
Todas as atividades do Gestar II, deverão ser trabalhadas em sala de aula para serem respondidas?
Qual o critério de avaliação?

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Atividade 1 Explorando as expectativas individuais e grupais

Gestar II

Atividade 1 -Explorando as expectativas individuais e grupais